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Teste Intermédio História 2013




Conteúdos


A FORMAÇÃO DA CRISTANDADE OCIDENTAL E A EXPANSÃO ISLÂMICA

• A Península Ibérica: dois mundos em presença — a formação dos reinos cristãos no processo da Reconquista.
 
Resumo da matéria



Perguntas e respostas
 
 
1. Localiza no tempo e no espaço o aparecimento da religião islâmica.
A religião islâmica surgiu no século VII, na Arábia, no Próximo Oriente.

 
2. Refere os factos mais importantes no aparecimento da religião islâmica.
Maomé iniciou a pregação da fé islâmica em 610, na cidade de Meca. Sendo perseguido pelos ricos mercadores, fugiu, em 622, para Medina. Esta fuga, conhecida pelo nome “Hégira”, marca o início da era muçulmana. Em 630, regressa a Meca, a cidade santa

 
3. Descreve as principais ideias da religião islâmica.
Os muçulmanos acreditam num único deus, Alá, na imortalidade da alma e na salvação eterna através da caridade, da oração e da Guerra Santa (luta para expandir o Islão). No livro sagrado, o Corão (ou Alcorão) estão enunciados os cinco princípios da fé islâmica: Alé é o único deus e Maomé o seu profeta; oração cinco vezes por dia, virados para Meca; jejum durante o mês do Ramadão; esmola aos pobres; peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.

 
4. Justifica a importância política e económica do Império Muçulmano no século VIII.
Os califas, sucessores de Maomé, continuaram a expansão da fé islâmica através da Guerra Santa (Jihad), acabando por conquistar um extenso império, desde a Península Ibérica até à Pérsia. Este império extenso permitiu aos muçulmanos o domínio das principais rotas comerciais do mundo, controlando o comércio entre o Ocidente e o Oriente.

5. Descreve a ocupação muçulmana da Península Ibérica e a resistência cristã.
Em 711, os Muçulmanos venceram os Visigodos na Batalha de Guadalete, no Sul da Península Ibérica, conquistando rapidamente todo o território, à exceção das Astúrias e dos Pirinéus. Aqui refugiaram-se alguns nobres cristãos que iniciaram o movimento da Reconquista Cristã para recuperarem o território perdido. Este processo foi longo e difícil, marcado por sucessivos avanços e recuos e pelo apoio da Igreja (Cruzadas) e dos reinos cristãos.

 
6. Diz como se relacionavam as civilizações cristã e muçulmana?
Apesar de diferentes, as civilizações cristã e muçulmana conviveram na Península Ibérica durante oito séculos, graças a um clima de tolerância. Alguns cristãos converteram-se ao islamismo, enquanto outros adotaram o modo de vida islâmico, tornando-se moçárabes. Com o fim da Reconquista Cristã, alguns muçulmanos ficaram na Península ibérica, sendo conhecidos por Mouros.

7. Indica alguns dos principais contributos civilizacionais dos muçulmanos.
O Império Muçulmano foi o responsável pela divulgação de técnicas, produtos e conhecimentos em várias áreas: invenção da bússola e do astrolábio, azenha para moer os cereais, a nora para irrigar os campos, alaúde (novo instrumento musical), difusão do sistema de algarismos, aperfeiçoamento da trigonometria e da álgebra, descoberta do ácido sulfúrico e do álcool, construção de grandiosas mesquitas, castelos e palácios, etc.

 
8. Descreve a forma como se formaram os reinos cristãos da Península Ibérica.
A Reconquista seguiu para sul, dando origem aos reinos de Leão, Castela, Navarra e Aragão. Para estas conquistas foi importante a participação dos cruzados e das ordens militares. Entre os cruzados estavam dois cavaleiros franceses, D. Raimundo e D. Henrique, os quais foram recompensados pelo rei de Leão e Castela, D. Afonso VI, com a atribuição de dois condados, o da Galiza e o Portucalense, respetivamente, e a mão de suas filhas, D. Urraca e D. Teresa.

9. Diz qual era a situação do Condado Portucalense durante a época do conde D. Henrique.
O conde D. Henrique, apesar de aspirar a autonomia, era vassalo de D. Afonso VI, pelo que lhe devia obediência, fidelidade, ajuda militar e apoio na conquista de território aos mouros.

 
10. Justifica o contributo de Afonso Henriques para a independência do Condado Portucalense.
D. Afonso Henriques lutou contra o exército de sua mãe, D. Teresa, devido à aliança desta com um nobre galego, Fernão Peres de Trava. D. Afonso Henriques, apoiado por grande parte da nobreza portucalense, derrota o exército de sua mãe na Batalha de S. Mamede, em 1128, assumindo o governo do condado. Após a vitória na Batalha de Ourique contra os mouros, em 1139, D. Afonso Henriques passou a intitular-se rei, rompendo com a vassalagem ao rei de Leão e Castela. D. Afonso VII acabou por reconhecer a independência de Portugal em 1143, através do Tratado de Zamora.

11. Descreve o processo de reconhecimento da independência de Portugal.
Em 1143, D. Afonso VII, rei de Leão e Castela, assina o Tratado de Zamora, reconhecendo a independência de Portugal e D. Afonso Henriques como rei de Portugal. Mas era necessário igualmente o reconhecimento pela Santa Sé, o que só veio a acontecer em 1179 quando o Papa Alexandre III assina a Bula Manifestis Probatum.

12. Diz como se definiram as fronteiras de Portugal.
D. Afonso Henriques alargou o território para sul, recuperando Lisboa e Santarém com a ajuda dos cruzados e das ordens militares. Os reis seguintes continuaram com o alargamento das fronteiras com sucessivos recuos e avanços até 1249, ano em que se conquistou definitivamente o Algarve. O Tratado de Alcanises, em 1297, entre D. Dinis e D. Fernando IV de Castela, estabeleceu as fronteiras entre Portugal e Castela.
 
 
 
 
PORTUGAL NO CONTEXTO EUROPEU DOS SÉCULOS XVII E XVIII


• Absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens — o Antigo Regime português na primeira metade do século XVIII.


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Perguntas e Respostas

1.Diz em que consiste a expressão “Antigo Regime”.
Antigo Regime é o período da história da Europa entre os séculos XV e XVIII, caracterizado pelo absolutismo, pela sociedade de ordens e pela expansão do comércio colonial.

2. Localiza, no tempo e no espaço, o absolutismo.
O Absolutismo existiu em vários países europeus, como França, Portugal e Espanha, a partir do século XVI até aos finais do século XVIII/inícios do século XIX.

3. Descreve as características do absolutismo.
As características do absolutismo são:
- concentração de todos os poderes nas mãos do rei
- não convocação das Cortes
- aparecimento de um corpo de funcionários que aplicavam as decisões reais

4. Explica a teoria divina do poder real.
O poder real era considerado de origem divina, ou seja, provinha de Deus e, portanto, só a ele tinha de prestar contas. Quem desobedecesse ao rei, cometia um verdadeiro sacrilégio e seria julgado, o que quer dizer que todos, sem excepção, teriam de obedecer ao rei.
 
5. Descreve a Corte como instrumento de poder.
Os reis absolutos utilizavam a corte como instrumento de poder real. Rodeando-se dos nobres mais importantes do país, podia controlá-los e domesticá-los: estes ficavam dependentes dos pequenos favores prestados ao rei e, portanto, faziam tudo para agradá-lo.

6. Refere as etapas de implantação do absolutismo em Portugal.
As etapas da implantação do absolutismo em Portugal foram:
- D. Duarte: Lei Mental (os bens doados pela coroa só podiam ser transmitidos ao filho mais velho, senão, voltariam para a coroa)
- D. Afonso V e D. Manuel I – Ordenações Afonsinas e Ordenações Manuelinas
- D. Manuel I – reforma dos forais
 
7. Identifica D. João V como um rei absoluto.
D. João V, aproveitando as remessas de ouro brasileiro, vai utilizar a riqueza para afirmar o seu poder político, afirmando-se como o Rei-Sol português. Deixou de convocar as Cortes e construiu o Palácio de Mafra, rodeando-se de luxo e riqueza e controlando os nobres portugueses.
 
8. Define mercantilismo.
Mercantilismo foi a política económica adoptada por vários Estados europeus no século XVII com o objectivo de aumentar a riqueza dos países.

9. Descreve os objectivos e as medidas defendidas pelo mercantilismo.
Os objectivos do mercantilismo eram obter uma balança comercial positiva (mais exportações e menos importações) de forma a promover a entrada de riqueza no país.
As medidas tomadas para atingir esse fim eram:
- desenvolvimento das manufacturas: criação de manufacturas, atribuição de subsídios, contratação de técnicos estrangeiros
- fomento do comércio através da criação de companhias comerciais
- proteção da produção nacional através da publicação das pragmáticas e do aumento das taxas alfandegárias aplicadas aos produtos importados.

10. Explica a adopção do Mercantilismo pelo Conde da Ericeira.
A adopção do Mercantilismo pelo Conde da Ericeira deveu-se à crise do nosso comércio colonial face à diminuição das exportações para os outros países europeus.

11. Define Sociedade de Ordens.
Sociedade de Ordens é uma sociedade estratificada em três ordens ou grupos sociais – o clero, a nobreza e o Terceiro Estado (burguesia e povo) – distinguindo-se pelos privilégios atribuídos, ou não, a cada um.

12. Descreve os aspectos que determinavam a posição social de cada um.
As diversas ordens sociais estavam organizadas segundo o nascimento, a função e o estatuto jurídico, implicando diversas formas de vestuário e de tratamento na sociedade.

13. Diferencia as três ordens sociais.
O Clero e a nobreza eram grupos privilegiados. Possuíam grandes extensões de terra, recebendo as rendas dos camponeses. Tinham justiça própria e estavam isentos do pagamento de impostos. O Terceiro Estado era muito heterogéneo, abarcando situações económicas distintas: desde o grande burguês enriquecido, homem de negócios, até ao camponês empobrecido e ao mendigo. A todos eles era comum o facto de pagarem impostos e não terem qualquer privilégio.

14.  Define Despotismo Esclarecido ou Iluminado.

15. Enncia medidas tomadas por Pombal no sentido da modernização daAdministração  e fortalecimento da autoridadedo Estado.

16. Aponta os meios de que POmbal se serviu paraa submissão dos grupos privilegiados.
caracteriza a burguesia pombalina

Antigo Regime português na primeira metade do século XVIII.


1. Descreve a importância do afluxo do ouro brasileiro para a economia portuguesa.
Durante o reinado de D. João V, chegaram a Portugal grandes quantidades de ouro vindo do Brasil, permitindo ao rei rodear-se de luxo no Palácio de Mafra, o qual mandou construir, e afirmar-se como rei absoluto. O reinado foi, portanto, um reinado caracterizado pela riqueza.

2. Explica a assinatura do Tratado de Methuen.
Em 1703, Portugal e a Inglaterra assinaram o Tratado de Methuen, porque Portugal, devido ao afluxo de ouro brasileiro, decidiu que já não precisava de investir na sua produção nacional, podendo importar livremente os produtos à Inglaterra.

3. Indica os termos desse tratado.
Segundo esse acordo comercial, Portugal aceitava importar os têxteis ingleses, sem qualquer tipo de limitação e a Inglaterra aceitava a importação de vinhos portugueses pagando taxas alfandegárias reduzidas.

4. Refere as vantagens e desvantagens da assinatura desse tratado para a economia portuguesa.
As vantagens do Tratado de Methuen foram: aumentou a produção vinícola, sobretudo na região do Douro, devido ao aumento das exportações para Inglaterra.
As desvantagens foram: aumentou o défice da balança comercial porque as importações de têxteis ingleses aumentaram mais do que a exportação de vinhos portugueses; crise das manufacturas portuguesas devido à concorrência dos produtos ingleses, mais baratos e de melhor qualidade; aumentou, portanto, a dependência económica face à Inglaterra.


A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉCULO XX


• Hegemonia e declínio da influência europeia — a Primeira Grande Guerra; as transformações económicas do pós-guerra no mundo ocidental. ( Págs 12 -29 do manual)


1 Explica as razões da supremacia mundial da Europa do século XIX.
2. Identifica as potências industriais.
3. Relaciona a corrida às áreas de influência com a expansão da industrialização.
4. Refere as outras razões do colonialismo europeu.
5. Integra as medidas da Conferência de Berlim no contexto das rivalidades imperialistas.
6. Identifica as potências imperialistas.
7. Explica as intenções da proposta portuguesa do Mapa Cor-de-Rosa.
8. Justifica o Ultimatum britânico.
9. Justifica a existência de rivalidades económicas entre as potências imperialistas.
10. Localiza e explica os principais antagonismos territoriais existentes na Europa nas vésperas da 1ª Guerra Mundial.
11. Explica a formação de dois blocos militares opostos.
12. Identifica os países dos dois blocos em confronto.
13. Justifica a eclosão da 1ª Guerra Mundial.
14. Caracteriza as etapas da guerra.
15. Descreve as más condições de vida nas trincheiras.
16. Explica a entrada dos EUA na guerra..
17. Explica o retorno à guerra de movimentos.
18. Justifica o armistício de 11 de Novembro.
19. Descreve as consequências da 1ª Guerra Mundial para a Europa.
20. Justifica a supremacia económica dos EUA depois da 1ª Guerra Mundial.


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Perguntas e Respostas

1. Explica as razões da supremacia mundial da Europa do século XIX
As razões da supremacia europeia nos inícios do século XX foram:
- a Europa detinha a maior parte da produção industrial;
- era a Europa que fazia a maior parte dos investimentos em todo o mundo;
- eram europeias a maioria das empresas de transporte marítimo
- a Europa tinha um poder de compra superior ao dos outros continentes

2. Identifica as potências industriais.
As maiores potências industriais eram a Grã-Bretanha, a Alemanha e a França.

3. Relaciona a corrida às áreas de influência com a expansão da industrialização.
Devido à segunda Revolução Industrial, as grandes potências europeias vão interessar-se por uma nova vaga de colonialismo para, deste modo, obterem mais matérias-primas para as suas indústrias e para terem acesso a novos mercados de escoamento dos seus produtos.
 
4. Refere as outras razões do colonialismo europeu.
As outras razões do colonialismo europeu no século XIX foram:
- o desejo das grandes potências europeias afirmarem o seu poder militar;
- a missão “civilizadora”: os europeus, considerando-se “superiores”, consideravam que tinham o dever de civilizar os povos primitivos.

5. Integra as medidas da Conferência de Berlim no contexto das rivalidades imperialistas.
A Conferência de Berlim surgiu como tentativa de evitar disputas territoriais em África entre os países europeus. A principal medida aí tomada, para atingir esses fim, foi a afirmação do princípio de ocupação efectiva.

6. Identifica as potências imperialistas.
As potências imperialistas nos finais do século XIX eram a Grã-Bretanha, a França, a Alemanha, a Bélgica, Portugal e Holanda.

7. Explica as intenções da proposta portuguesa do Mapa Cor-de-Rosa.
O projecto do Mapa Cpr-de-Rosa consistia na intenção de ocupar todo o território entre Angola e Moçambique.

8. Justifica o Ultimatum britânico.
O Projecto do Mapa Cor-de-Rosa vai colidir com o projecto britânico de unir o Cairo ao Cabo através de uma linha de ferro. Por isso, a Gra-Bretanha exige a retirada do projecto português; caso contrário, a Grã-Bretanha poderia recorrer à força.
 
9. Justifica a existência de rivalidades económicas entre as potências imperialistas.
No início do século XX existiam rivalidades económicas entre a Grã-Bretanha e a Alemanha: a primeira, grande potência industrial, a segunda, uma potência emergente. Os dois países concorriam pelo domínio dos mercados internacionais

10. Localiza e explica os principais antagonismos territoriais existentes na Europa nas vésperas da 1ª Guerra Mundial.
Os principais antagonismos territoriais eram os seguintes:
- entre a França e a Alemanha porque a primeira exigia a devolução de dois territórios – a Alsácia e a Lorena – à Alemanha, que os tinha conquistado na sequência da guerra franco-prussiana em 1871
- entre o Império Austro-Húngaro e a Rússia, pela procura de influência política nos Balcâs. A Rússia apoiava o projecto sérvio, que consistia na constituição de um Estado que unisse todos os eslavos do Sul (alguns, como a Bósnia-Herzegovina e a Croácia estavam sob o controlo do Império Austro-Húngaro)
 
11. Explica a formação de dois blocos militares opostos.
Devido ao clima de tensão entre vários Estados europeus, os países vão preparar-se para a guerra: vão empreender uma corrida ao armamento e vão formar alianças militares. Deste modo, no caso de algum país agredir outro, os aliados de cada um iria prestar auxílio militar.

12. Identifica os países dos dois blocos em confronto.
A Tríplice Aliança era constituída pela Alemanha, o Império Austro-húngaro e a Itália; a Tríplice Entente era constituída pela Grã-Bretanha, a França e a Rússia

13. Justifica a eclosão da 1ª Guerra Mundial.
A 1ª Guerra Mundial inica-se pelo despoletar de um rastilho que há muito se adivinhava. O assassinato do principe herdeiro do trono Austro-ungaro, Francisco Fernando, por um estudante nacionalista sérvio, põe em funcionamento o sistema de alianças: o Império Austro-Húngaro declara guerra à Sérvia, a Rússia declara guerra ao Império Austro-Húngaro, a Alemnha declara guerra à França e à Rússia, etc. Deste modo, um “pequeno” conflito regional transforma-se numa guerra generalizada.

14. Caracteriza as etapas da guerra.
As etapas da guerra foram:
- guerra de movimentos (1914) . movimentos ofensivos rápidos por parte da Alemanha;
- guerra de posições ou guerra das trincheiras (1915-1917) – foi a fase mais longa da guerra porque se chegou a uma situação de impasse, na qual a principal preocupação dos dois lados era manter as posições já conquistadas através da construção de valas – as trincheiras.
- retorno à guerra de movimentos (1918) – os Aliados, após a entrada dos EUA na guerra, vão ver o seu poder militar reforçar, permitindo uma série de vitórias sobre a Alemanha e o Império Austro-Húngaro

15. Descreve as más condições de vida nas trincheiras.
Nas trincheiras, os soldados morriam de todo o tipo de mortes. Para além das violentas batalhas, os soldados tinham fome, frio e más condições de higiene. Viviam na lama, com ratos e piolhos, o que lhes causava todos os tipos de doenças.
 
16. Explica a entrada dos EUA na guerra..
Os EUA entraram na guerra devido aos ataques dos submarinos alemães aos navios mercantes americanos que abasteciam a Grã-Bretanha de armas, munições e outros mantimentos para a guerra.

17. Explica o retorno à guerra de movimentos.
O retorno à guerra de movimentos só foi possível devido à entrada dos EUA na guerra, permitindo o reforço dos Aliados em armas, munições e soldados.
18. Justifica o armistício de 11 de Novembro.
A Alemanha solicitou o fim das hostilidades (armistício) devido à série de derrotas que estava a sofrer, que conduziam ao avanço dos Aliados sobre a Alemanha

19. Enumera as condições impostas pelos vencedores aos países vencidos.
A Alemanha foi obrigada a declarar-se como a única culpada pela guerra e, pela assinatura do tratado de Versalhes, foram-lhe impostas uma série de imposições:
- perdeu as colónias e restituiu a Alsácia e a Lorena a França
- teve de proceder à desmilitarização da Alemanha
- teve de pagar pesadas indemnizações aos Aliados

20. Descreve as consequências da 1ª Guerra Mundial para a Europa:
-políticas: foi criado um organismo internacional, a Sociedades das Nações, com o objetivo de assegurar a paz no mundo; o mapa político da Europa alterou-se devido ao desmembramento dos impérios centrais e, em consequência, o aparecimento de novos países (ex: Jugoslávia, Checoslováquia, Polónia)
-demográficas: elevadas perdas humanas (8 milhões de mortos) conduzindo à diminuição da mão de obra
- materiais: destruição de povoações, campos, fábricas, vias de comunicação e frota mercante
- económicas: crise da economia europeia devido à diminuição da produção que conduziu à subida ados preços e à inflação; aumento da dívida pública devido aos pedidos de empréstimo realizados durante a guerra. Como consequência, aumentou o desemprego.

21. Explica a supremacia económica americana depois da 1ª Guerra Mundial.
Os EUA, depois da 1ª Guerra Mundial, tornaram-se na grande potência económica do mundo, devido, principalmente, ao grande aumento da produção industrial. Isso deveu-se à aplicação de novos métodos de produção e de organização de trabalho:
- taylorismo: divisão do trabalho (cada operário faz apenas uma tarefa) e estandardização (todos os produtos são iguais)
- fordismo: trabalho em cadeia, no qual o operário está em frente a um tapete rolante, evitando assim deslocações e perdas de tempo; aumento dos salários dos trabalhadores como forma de incentivo para aumentar a produção



Sociedade e cultura no mundo em mudança — mutações na estrutura social e nos costumes. ( Págs 52 -73 do manual)

1 Caracteriza a Belle Époque .
2 Caracteriza o clima vivido nos “loucos anos 20”.
3 Diz em que consiste a cultura de massas.
4 Descreve os meios de divulgação da cultura de massas.
5 Dá alguns exemplos de avanços registados em algumas ciências físicas .
6 Caracteriza os seguintes movimentos artísticos: expressionismo, fauvismo, cubismo, abstraccionismo, futurismo e surrealismo .
7 Distingue o funcionalismo racionalista do funcionalismo orgânico .


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Perguntas e Respostas


1. Caracteriza a "Belle Époque" e os “Loucos Anos 20”.
A Belle Époque é uma período de grande prosperidade económica, que vai de 1871 a 1914. Neste período, nas grandes cidades europeias e americanas, a burguesia endinheirada frequentava os espetáculos de ópera, os teatros, os cafés-concerto, convivia nos jardins públicos, nas termas e nas praias.
Os Loucos Anos 20 também foram um período de prosperidade económica mas caracterizaram-se pela alteração dos padrões de vida da classe média e da burguesia. A ânsia de viver leva ao aparecimento de novos hábitos: o cinema, os cabarés e clubes nocturnos, onde se ouviam as novas músicas e se dançavam as novas danças. Surgem novos desportos, como o tenis e o futebol.
 
2. Descreve o novo estatuto adquirido pelas mulheres
A mulher alterou os seus hábitos e ganhou um novo estatuto. Na moda feminina, as mulheres deixaram de ter os longos vestidos da "Belle Époque", as saias subiram até ao joelho, o espartilho foi substituído pelo soutien, deixaram de usar complicados penteados e cortaram os cabelos "à garçonne". No dia a dia, passou a ter mais liberdade, adquirindo alguns hábitos até então masculinos: fumar, beber em público, ir aozinha ao cinema ou fazer desporto.
A mulher, durante a guerra, tinha já entrado no mundo do trabalho, começando a lutar pelo direito ao voto.

3. Diz em que consiste a cultura de massas.
A cultura de massas é o acesso à cultura por parte de vastas camadas da população.
 
4. Refere os instrumentos que permitiram a formação da cultura de massas.
Os meios que contribuíram para a cultura de massas foram:
- a imprensa – jornais e revistas com notícias, entretenimento, publicidade, vida política, entrevistas, etc;
- o cinema – cenas, de circo, conquista do oeste americano, espectáculos de pugilismo, etc;
- rádio – telenovela radiofónica, discursos dos políticos, música, publicidade, etc.
Outros meios: teatro, exposições de arte e desporto (boxe, corridas de automóveis, partidas de técnicas, basebol e futebol).

5. Identifica alguns progressos científicos e técnicos registados na época.
Alguns dos progressos científicos foram:
- Física – teoria quântica (Max planck), teoria da relatividade (Einstein);
- Astronomia – teoria do Big Bang;
- Medicina – descoberta da penicilina (Fleming) e da insulina e progressos vários nas técnicas de diagnóstico;
- Ciências Humanas – aparecimento da Psicanálise (Freud), descobertas arqueológicas.
Alguns dos progressos técnicos foram: o automóvel,, máquinas fotográficas, aviõ,, relógio de pulso, máquina de costura, aspirador, frigorífico e máquina de lavar a roupa.

6. Distingue os vários movimentos artísticos surgidos.
As primeiras décadas do século XX conheceram uma multiplicidade de movimentos artísticos, entre os quais se destacam:
- Cubismo – redução dos objectos a figuras geométricas, como o cubo, a esfera e o cilíndro. Destaca-se Picasso;
- Futurismo – transmissão de sensações relacionadas com a velocidade, a luz e o ruído, relacionados com a vida moderna. Destaca-se Giacomo Balla e Boccioni;
- Abstraccionismo – movimento não-figurativo, representando, apenas, linhas e manchas de cor, exprimindo determinadas sensações. Distingue-se Kandinsky;
- Expressionismo – transmissão das emoções, nomeadamente pelas expressões do rosto. Destacou-se Edvard Munch;
- Surrealismo – exploração do mundo dos sonhos, das alucinações e do surreal, expressando angústias e obsessões. Destacou-se Salvador Dalí.
- Fauvismo - alteração da realidade através de cores vivas, violentas e de formas simples, quase reduzidas à linha e ao cor. Destacou-se Matisse.
 
7. Distingue as novas concepções arquitectónicas.
As correntes arquitectónicas surgidas neste período foram:
- a “Bauhaus”, ou arquitectura funcional, corrente que privilegia a funcionalidade do edifício, optando por linhas simples, geométricas, sem elementos decorativos. Distinguiu-se Le Corbusier;
- a arquitectura orgânica, corrente que tenta harmonizar o edifício com o ambiente que o rodeia. Distinguiu-se Frank Lloyd Wright.



DA GRANDE DEPRESSÃO À II GUERRA MUNDIAL


As dificuldades económicas dos anos 30 — a grande crise do capitalismo.
( Págs 78 -83 do manual)


Compreender o contexto económico em que surgiu a crise de 1929.
Definir o conceito de sobreprodução e seus efeitos nos preços e nos mercados.
Relacionar a superprodução com o início da crise.
Distinguir crise económica de crise financeira e compreender o seu relacionamento
Relacionar a crise financeira com a crise económica.
Identificar o crash da bolsa de Nova Iorque com o despoletar da crise.
Explicar a rápida mundialização da crise e a sua duração.
Enumerar os principais indicadores que caracterizaram a depressão económica dos anos 30
Identificar os problemas sociais provocados pela depressão económica.
Distinguir as diversas formas de intervenção dos estados democráticos na economia como meio de ultrapassar as dificuldades económicas e sociais.
Descrever o new deal americano.
Compreender os conceitos Keynesianismo e Liberalismo Económico
Reconhecer que a grande depressão pôs em causa o liberalismo económico.
Aplicar os conceitos de superprodução, deflação, depressão económica, intervenção estatal, mercados.



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Perguntas e Respostas
 
1. Justifica a crise de superprodução registada nos finais dos anos 20 nos EUA.
De 1922 a 1929, a economia americana conheceu uma época de grande prosperidade económica. Aumenta o poder de compra e o consumo, o recurso ao crédiyo e a actividade especulativa na Bolsa.
No entanto, a partir de 1927, o consumo estagnou mas a produtividade das empresas continuou a aumentar. Como consequência, muitos produtos ficavam armazenados, sem comprador, o que lecou à diminuição dos lucros das empresas. Chega-se a uma situação de crise de superprodução porque se produzia mais do que o mercado conseguia consumir.

2. Relaciona a crise de superprodução com a “Quinta-feira Negra”.
No Verão de 1929, começam a surgir notícias nos jornais que davam conta da diminuição dos lucros das empresas. No dia 24 de Outubro, 13 milhões de acções são postas à venda: como a oferta era superior à procura, o valor das acções cai vertiginosamente – foi a “Quinta-feira Negra”.

3. Justifica a crise financeira despoletada pelo crash de Wall Street.
A falência da Bolsa de Wall Street provocou a falência de particulares, de empresas e de bancos, devido à quebra do valor das acções e à quebra de crédito.

4. Menciona as consequências dessa crise financeira.
A falência de empresas provocou o aumento do desemprego e a diminuição do poder de compra. A diminuição do consumo agravou as dificuldades das empresas no escoamento dos seus produtos, levando, por sua vez, a mais falências. É o chamado círculo vicioso da crise.

5. Explica a mundialização da crise económica.
Com a retirada dos capitais americanos da Europa, as empresas europeias deixaram de ter o recurso ao crédito, conduzindo a falências e, portanto, ao despoletar do círculo vicioso da crise.
A diminuição do consumo nos EUA e na Europa conduziu à retracção do comércio internacional, levando a uma diminuição das importações das colónias e dos países subdesenvolvidas, cuja economia estava dependente da exportação de matérias-primas ou de alimentos. Devido à diminuição das exportações, muitas empresas, nesses países, abrem, também, falência e, mais uma vez, se inicia o círculo vicioso da crise noutros pontos do planeta.
 
6. Descreve os problemas sociais despoletados pela crise.
A crise económica conduziu, também, a uma grave crise social, reduzindo à pobreza 30 milhões de desempregados em todo o mundo, sobretudo nos EUA, Alemanha e Inglaterra. Todos os grupos sociais foram afectados, desde o operariado, passando pelos camponeses, a classe média e, finalmente, os empresários (muitos ficarm literalmente sem nada!)

7. Identifica as medidas tomadas no âmbito do New Deal como uma solução para a saída da crise.
Para sair da crise, Franklin Roosevelt vai implementar uma política económica à qual vai dar o nome de “New Deal”, que vai consistir num conjunto de medidas, entre as quais se destacam:
- na agricultura e na indústria concedeu empréstimos e destruiu stocks de forma a aumentar o preço dos produtos (o paradoxo da crise: queimam-se alimentos mas há milhares a sofrerem de fome!);
- no sistema financeiro, criou mecanismos de controlo da actividade bancária de forma a evitar a especulação;
- nas obras públicas, mandou construir pontes, barragens, linhas férreas e estradas de forma a incentivar a criação de emprego e, deste modo, promover o consumo;
- medidas sociais de forma a promover o poder de compra: estabelecimento de um salário mínimo, limitação do horário semanal de trabalho e atribuição do subsídio de desemprego.



Entre a ditadura e a democracia— os regimes fascistas e nazi.
( Págs 84 - 91 do manual)




Descrever o contexto económico, social e político que favoreceu a expansão da ideologia fascista e a chegada de Mussolini ao poder.

Distinguir os princípios fundamentais do fascismo.

Identificar as principais medidas empreendidas pelo regime fascista que o caracterizam como um regime totalitário.

Relacionar o surgimento do Partido Nacional-Socialista alemão com o significado do Tratado de Versalhes para a Alemanha.

Definir os princípios fundamentais do nazismo.

Identificar os meios de que se serviu Hitler para consolidar o nazismo na Alemanha.

Relacionar o crescimento económico empreendido pelo nazismo com os objectivos estratégico-militares do regime.

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A II Guerra Mundial — o desenvolvimento do conflito; os caminhos da paz.
( Págs 110 - 123 do manual)



Localizar no espaço e no tempo a Segunda Guerra Mundial.

Descrever os condicionalismos da Segunda Guerra Mundial.

Identificar importantes figuras históricas ligadas a este acontecimento.

Identificar os países que integram os blocos em confronto.

Caracterizar sumariamente os principais momentos do conflito na Europa e no Pacífico.

Reconhecer o papel dos movimentos de resistência.

Reconhecer a extensão mundial da guerra.

Avaliar o total desrespeito dos nazis pelos direitos humanos.

Definir genocídio.

Analisar as implicações do lançamento da bomba atómica sobre Hiroxima e Nagasáqui.

Avaliar os custos humanos e materiais da guerra.

Descrever as alterações políticas, económicas e demográficas do pós-guerra.

Definir os objectivos da criação da ONU.

Identificar as instituições da ONU.

Explicar a hegemonia dos EUA, após a Segunda Guerra Mundial.


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